domingo, 21 de julho de 2013
Entrevista da Princesa Madeleine e Christopher O'Neill ao Svenska Dagbladet
A Lua-de- Mel chegou ao fim?
Madeleine: De certa forma, podemos dizer que continua, ainda que estejamos de volta à Suécia.
Chris: Estou sentado ao computador o dia todo o que significa que. infelizmente, a lua-de-mel acabou.
Madeleine: Mas durante a lua-de-mel, decidimos desligar todos os celulares e computadores.
Conheceram-se através de amigos em comum?
Chris: A primeira vez que nos conhecemos foi há alguns anos. Mas seguimos vidas separadas. A Madeleine tinha amigos que tinham se mudado para Nova York e que visitava com alguma frequência. Encontramo-nos algumas vezes em festas e jantares de amigos em comuns. Logo depois dela ter se mudado permanente para Nova York, em Setembro, nós encontrámos de novo, por coincidência. Foi através de um amigo em comum que convidou vários amigos dele para um fim-de-semana prolongado em sua casa. Depois disso, mantivemos-nos sempre em contato e encontrámos-nos várias vezes. As coisas começaram, então, a evoluir lentamente.
Madeleine: Começou como uma amizade que cresceu para algo mais.
Chris: No príncipio, eu não sabia que a Madeleine era uma princesa da Suécia. Mas, claro, não demorei muito para descobrir. Obviamente teria sido diferente se nos tivéssemos-nos conhecido na Suécia. Nova York está cheio de pessoas que são 'Alguém" em outro lado. Ninguém liga para isso. É uma base igualitária. Eu gosto disso.
Quando é que se aperceberam de era algo mais sério?
Chris: Pela parte que me toca, imediatamente. Mas principalmente quando comecei a ir a festar e jantares só para poder estar com ela.
Madeleine: Eu demorei mais algum tempo. Mas eu vinha de uma relação de 08 anos, portanto também era boa a sensação de estar solteira.
Durante o Outono, a relação deles era apenas conhecida por seu grupo de amigos. Mas em 16 de janeiro de 2011, um turista espanhol captou um vídeo dos dois na Boat House, no Central Park.
Chris: Lembro-me que estava frio lá fora e decidimos ir para dentro. Estivemos lá 10 minutos. Foi o suficiente para o vídeo. Como já estávamos juntos há alguns meses, Madeleine já me havia preparado para o que iria acontecer quando se soubesse fora do nosso círculo de amigos. Mas aquilo escalou rapidamente para algo maior.
A hora de planejar o casamento
Madeleine: Para nós sempre foi claro que o casamento deveria ser na Suécia e que, pelo menos uma parte, deveria ser transmitida na televisão para que o povo sueco pudesse fazer parte dele.
Quando Madeleine entrou na Capela Real, voê respirou fundo e me perguntei o que vocês estariam pensando!
Chris: Eu me lembro
Madeleine: Que quase desmaiou
Chris: Sim, é verdade. Estive quase para desmaiar. É assustador para todos os noivos ficar ali, diante da família e dos amigos. Com pessoas de quem mais gosta a olhar para você. Agora adicione as câmeras de televisão e jornalistas. Nos primeiros minutos, lembro-me de pensar: "Por favor, não desmaie". Mas depois quando as portas se abriram e vi a Madeleine, tudo desapareceu. Ali, passou a ser só ela.
Madeleine: Para mim, também foi muito especial. Foi tão bonito as crianças cantando. Eu pensei que iria estar nervosa, mas estava surpreendentemente calma. Acho que quando sabe o que realmente quer na vida, fica calma.
Durante a lua-de-mel a estadia nas Seychelles, foram publicadas fotos do casal na mídia sueca, o que sentiram?
Madeleine: A lua-de-mel é uma ocasião especial na vida e só quer ficar sozinho. Ainda estando dentro daquela bolha de emoção e felicidade do casamento. E ter aquela bolha quebrada por alguém estranhos nos deixou muito tristes.
Chris: É importante perceber que não foram só fotografias tiradas de um barco. Foram jornalistas que viajaram até à ilha, que só tem uma dúzia de casas para alugar. De repente, tínhamos a casa ao lado cheia de jornalistas, o que é muito desagradável. É uma invasão que não deveríamos ter que aceitar
Porque deixou a Noster Capital?
Chris: No início deste ano, tomei a difícil decisão de deixar a Noster Capital, onde trabalhei durante seis anos. Continuarei a ser consultor da empresa. O meu novo trabalho é na área financeira, mas não que falar muito sobre isso, porque ainda está na fase inicial. Quando se tornou público que eu e a Madeleine estávamos juntos, eu e os meus colegas da Noster Capital passamos por tempos difíceis. Os jornalistas tentaram tudo para tentar descobrir o que fazíamos lá. Foram tempos estressantes mas terminaram rápido. Poderia ter continuado a trabalhar lá, se gostasse.
E a questão do título real?
Chris: Continuar com a minha carreira é extremamente importante para mim. Eu escolhi não receber um título que me impediria de prosseguir com a minha carreira.Obviamente, consultei a Madeleine, o Rei e a Rainha. Era importante para mim ter a sua benção.
Conversaram sobre a possibilidade de a Madeleine abdicar ao seu título, a princesa Märtha-Louise da Noruega?
Madeleine: Sim, conversamos sobre isso. Mas a minha família e eu achamos que esta era a melhor solução para mim. Eu vou representar a Suécia. Nela ou no exterior. É importante para mim representar a Suécia e estou muito orgulhosa de poder fazer isso nos EUA.
Além do seu trabalho na Childhood Foundation, quais são as suas obrigações oficiais em NY?
Madeleine: Até agora têm sido sobretudo em colaboração com a Câmara do Comércio Sueco, que eu acho que faz um grande trabalho. Eu tento fazer parte dos seus eventos principais. E, claro, se há uma missão oficial, tento participar.
Como é ser uma princesa sueca em NY?
Madeleine: Como o Chris disse, existem tantas pessoas diferentes lá que eu sinto que me misturo. Posso andar na rua sem que ninguém me reconheça.
Chris: São muito agressivos para te seguir, o que significa que te chateia.
Agora é a sua chance de nos dizer o que realmente aconteceu e o que aprendeu com isso.
Chris: É muito difícil perceber o que é realmente ser perseguido por um papparazzi antes de passar por isso. Pode ser de manhã bem cedo, quando está passeando com o cão ou vai a academia, e lá estão eles, te seguem, gritam o seu nome, correm ao seu lado, de bicicleta, de carro e se recusam a desistir antes de ter a fotografia que querem. Mas aprendi que não posso me chatear tanto. Mas somos humanos, e há um limite do que conseguimos aguentar.
Durante o Verão, já puderam provar um pouco do que é uma vida com obrigações reais, com o Dia Nacional da Suécia, o casamento e o aniversário de Victoria.
Chris: É assustador, porque é muita atenção durante um curto período de tempo. No casamento, me senti honrado. Aquelas pessoas vieram para as ruas para nos ver.
Já teve mais alguma preparação para a vida "Real"?
Chris: Não
É aprender observando?
Chris: Sim. Eu faço o que ela faz, e ela faz o que o Rei faz (risos).
Madeleine: Assim, podemos culpar o meu pai se alguma coisa correr mal.
Com que frequência é que vão estar na Suécia no futuro?
Madeleine: É uma boa questão. Para já vamos ficar em NY por causa do trabalho. Mas quem sabe o que vai acontecer no futuro. Vai haver um momento em que nos mudaremos para a Suécia ou outro lugar na Europa, mas o mais provável é ser para a Suecia.
Chris: Ambos nascemos e crescemos na Europa. Acho graça quando me chamam de "Americano". Claro, o meu pai era americano e eu tenho vivido nos EUA nos últimos 10 anos, mas nunca me considerei inteiramente americano. A Europa e, essencialmente, Londres sempre foram a minha casa.
Planejam ter alguma base na Suécia, um sítio de vocês, para onde vão quando estão aqui?
Madeleine: Talvez. Eu tenho o meu apartamento no Royal Mews. É bom ter um cantinho.
Chris: E eu tenho um cantinho onde pôr as roupas.
A princesa Victoria e o príncipe Daniel acabaram de construir uma cottage de Verão aqui em Sollidenvägen. É algo que também se vêem a fazer?
Madeleine: Sim. Eles agora são uma família e eu acho que todas as famílias sonham em ter algo próprio. Talvez que nós tivermos a nossa própria família façamos o mesmo.
A presença de Estelle em Sollidenvägen trouxe-lhe memórias da sua infância?
Madeleine: É muito relativo. No outro dia, o meu pai trouxe todos os brinquedos antigos que encontrou numa arrecadação. Agora, a Estelle brinca com esses brinquedos antigos e adora.
Chris: Somos os dois muito ligados à família e queremos, se pudermos, claro, ter filhos.
Madeleine: Mas para já estamos a aproveitar de sermos casados a pouco.
Falam sempre em inglês um com o outro?
Madeleine: Sim
Chris: Também falamos em alemão quando estamos nos EUA e não queremos que ninguém nos entenda. Eu quero aprender sueco, já tive algumas aulas de sueco em NY e tenho um CD em casa. Às vezes, a Madeleine chega em casa e pergunta "Mas o que é isso?", e lá estou eu, como uma criança, a dizer: 'Rapaz-pojke".
Quando há três anos atrás, Madeleine foi para os EUA a seguir ao final do seu noivado, foi um período muito emotivo. Pode, em perspectiva, dizer algo sobre isso?
Madeleine: Tudo acontece por um motivo. Acredito mesmo nisso. Naquela altura, eu precisava de mudar e de sair da Suécia por um tempo. Posso dizer que estou agradecida por isso ter acontecido, porque, de outra maneira, não estaria aqui, casada com este homem maravilhoso. Aprendi muitas coisas. E, às vezes, quando está muito triste, se torna mais forte. Às vezes, é necessário, para apreender a ser independente. Foi, de fato, uma altura em que aprendi muito.
Na vida, agora e no futuro, não está sozinha.
Madeleine: O melhor de se estar casado é sentir que agora somos uma equipe. É algo especial.
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